Apenas três candidatos à Presidência da República dispõem de mais de um minuto de tempo de televisão na propaganda eleitoral obrigatória. São eles: Geraldo Alckmin (PSDB), Lula (PT) e Henrique Meirelles (MDB). Os demais terão que abusar da criatividade para marcar presença junto ao eleitorado nos 35 dias que compreendem a campanha midiática massiva. São eles: Alvaro Dias, Ciro Gomes, Marina Silva, Guilherme Boulos, Cabo Daciolo, Eymael, Jair Bolsonaro, Vera Lucia, João Goulart Filho e João Amoêdo. A mesma lógica quantitativa vale para o número de inserções de trinta segundos ao longo das programações. Alckmin, fortalecido por uma ampla coligação partidária, possui mais que o dobro do segundo colocado. E pelo menos 30 vezes mais do que Jair Bolsonaro, hoje o líder das pesquisas – se considerarmos o cenário mais provável, sem Lula.
Para o cientista político da USP, Rubens Figueiredo, especialista em marketing político, a campanha na televisão ainda será o meio de maior impacto na decisão do eleitor. Ele reconhece o poder cada vez maior das redes sociais, mas pondera que elas ainda não têm a mesma penetração do que o rádio e a TV. E, o pior: não possuem o mesmo grau de credibilidade. Em suma, “quem tem pouco tempo na TV, só tem a perder”, na visão do especialista.
A estratégia de comunicação eleitoral também é tema do nosso papo com Andreza Matais, editora da “Coluna do Estadão”. Ela analisa os planos do PT nesta seara, que vai poupar Bolsonaro de suas críticas, pois deseja enfrentá-lo no segundo turno.
Confira ainda a tradicional coluna “Direto ao Assunto”, com José Nêumanne Pinto.
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