António Sautane Chulo, segundo Vice-Presidente da Assembleia Provincial de Inhambane, Moçambique, é o terceiro atentado em menos de duas semanas contra proeminentes personalidades moçambicanas. Em Moçambique, o segundo Vice-Presidente da Assembleia Provincial de Inhambane, indicado pelo maior partido da oposição (RENAMO), António Sautane Chulo, foi baleado esta segunda-feira (18.04.2016) à noite, a escassos metros da sua residência, na cidade da Maxixe. O político escapou com vida. Desconhece-se, até ao momento, a identidade dos autores do crime que ainda se encontram à monte. Queima de arquivo? António Sautane Chulo foi atingido por três tiros. Afetado no ombro, na coluna e no abdómen, recebe cuidados no hospital provincial de Inhambane. A bancada da RENAMO na Assembleia provincial reagiu ao ocorrido, por meio de seu membro Mamudo Ben Ager: “A RENAMO está muito preocupada com o seu colega e está a prestar, neste momento, a sua solidariedade. Nós estamos a acompanhar a situação em relação a esta triste notícia”. A polícia ainda não se pronunciou sobre o atentado, o terceiro em menos de duas semanas contra proeminentes personalidades. Anteriormente, foi alvejado mortalmente a tiro José Manuel, membro do Conselho Superior da Defesa e Segurança, indicado pela RENAMO, na Beira em 09.04.2016. Dias depois, na cidade da Matola, o Procurador Principal afeto à cidade de Maputo, Marcelino Vilanculos. Este último tinha em mãos dossiês relacionados com a onda de raptos que abala Moçambique. A onda de raptos Até ao momento, a polícia não realizou qualquer detenção ligada a estes casos. A corporação diz que as investigações para identificar os autores dos crimes prosseguem. Ultimamente, o país está a registar um novo fenómeno caraterizado pelo rapto e assassinato de militantes e responsáveis de base dos dois principais partidos moçambicanos, a FRELIMO e a RENAMO. Para o analista Fernando Lima trata-se de “uma guerra suja” protagonizada por vários atores. “ O objetivo é espalhar o terror e o temor, uma vez que estes dirigentes de base não gozam da mesma proteção que os dirigentes ao nível central”. Segundo Lima, como consequência destes atos “há muitos membros das Assembleias Provinciais - nomeadamente da RENAMO (porque tem sido mais notório na RENAMO e não no partido no poder), na zona centro - que não vão a reuniões das Assembleias Provinciais porque estão numa situação que, na prática, corresponde a estarem na clandestinidade".
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