O Presidente norte-americano, Donald Trump, mostrou-se muito satisfeito com o compromisso assumido, em Bruxelas, pelos aliados dos Estados Unidos na NATO de aumentarem "substancialmente" as suas despesas militares."Fizemos hoje tremendos progressos, as despesas dos nossos aliados em defesa aumentaram em cerca de 33 mil milhões de dólares no desde o ano passado. A ligação dos estados Unidos é muito forte e manter-se-á muito forte", disse Donald Trump. Numa conferência de imprensa na quinta-feira (12.07), no final de uma reunião de emergência dos 29 membros da aliança atlântica sobre os contributos financeiros, e questionado sobre uma hipotética ameaça de os Estados Unidos se retirarem da organização transatlântica, Trump disse que provavelmente o poderia fazer, "mas não é necessário", face à resposta dada pelos aliados, que aumentaram substancialmente as despesas desde o ano passado. "Eu acredito na NATO, penso que é uma das melhores alianças militares que alguma vez se fizeram na História. Mas os Estados Unidos têm sido muito penalizados, pois suportam entre 70% e 90% das despesas, dependentemente do método dos cálculos. E isso no é justo para os Estados Unidos", sublinhou o chefe de Estado norte-americano. Apoio depois de lançado o pânico Donald Trump reafirmou finalmente o apoio dos Estados Unidos à NATO, depois de um dia antes ter lançado o pânico. Sobretudo a Alemanha e a sua chefe de governo, a chanceler Angela Merkel, foram veementemente criticadas pelo Presidente norte-americano, que afirmou repetidamente que Berlim não assume as suas responsabilidades financeiras no seio da NATO, tendo prometido gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, chegando, na realidade, a pouco mais de 1%. O Presidente norte-americano afirmou ainda que a Alemanha continuaria à espera que os Estados Unidos paguem pela defesa da Alemanha, enquanto Berlim assinaria contratos bilionários sobre o fornecimento de gás russo, contra os interesses económicos, estratégicos e de segurança de países aliados, como os países bálticos ou a Polónia. Angela Merkel parece ter entendido a mensagem. "Eu deixei bem claro em nome da Alemanha que nós sabemos o que temos de fazer e gastar mais. Isso, aliás, já está a ser posto em prática. Fazêmo-lo para os nossos soldados, mas também para a aliança", declarou a chanceler. "Chegámos à conclusão de que isso era necessário o mais tardar depois do ataque contra a Ucrânia e da anexação da Crimeia. Temos de enfrentar ainda outros desafios, por exemplo na Síria e no Iraque, com as atividades do Estado Islâmico e de outras organizações terroristas." , acrescentou Merkel. Donald Trump seguiu de Bruxelas para a Grã-Bretanha, deixando uma nota positiva da cimeira da NATO: "Temos agora uma NATO mais forte e unida, muito mais forte do que era ainda há dois dias."
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