2. Leia Atos 9:3-9. O que aconteceu quando Paulo estava se aproximando de Damasco? Qual é o significado das palavras de Jesus em Atos 9:5 (veja também At 26:14)?
Quando Paulo e seus companheiros se aproximavam de Damasco, por volta do meio-dia, eles viram uma luz vinda do céu que brilhava intensamente e ouviram uma voz. Aquilo não era apenas uma visão no sentido profético, mas uma manifestação divina, voltada, de certa forma, exclusivamente para Paulo. Seus companheiros viram a luz; no entanto, apenas Paulo ficou cego; eles ouviram a voz; mas somente Paulo a compreendeu.
O Jesus ressuscitado apareceu pessoalmente a Paulo (At 22:14). Paulo insistia em dizer que vira Jesus, o que o tornava igual aos doze apóstolos como uma testemunha da ressurreição e também uma autoridade apostólica (1 Co 9:1; 15:8). O diálogo seguinte que Paulo teve com Jesus o impressionou infinitamente mais do que a própria luz. Paulo estava absolutamente convencido de que, ao atacar os seguidores de Jesus de Nazaré, estava fazendo a obra de Deus, purificando o judaísmo daquela heresia perigosa e terrível.
Para seu assombro, no entanto, ele descobriu não apenas que Jesus estava vivo, mas também que, ao infligir sofrimento aos Seus seguidores, ele estava atacando o próprio Jesus. Ao falar com Saulo, Jesus usou um provérbio, supostamente de origem grega, com o qual Paulo devia estar familiarizado: “Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (At 26:14). A imagem é a de um boi debaixo de um jugo, tentando se mover contra a vara pontiaguda usada para guiá-lo. Quando isso acontece, o animal só se fere ainda mais. Essa afirmação indica uma luta na mente de Paulo – a Bíblia se refere a isso como a obra do Espírito (Jo 16:8-11) – que remontava ao que acontecera com Estêvão.
“Saulo havia tido um papel de destaque no julgamento e condenação de Estêvão, e a impressionante evidência da presença de Deus com o mártir o deixara em dúvida quanto à justiça da causa que ele havia assumido contra os seguidores de Jesus. Sua mente estava profundamente agitada. Em sua perplexidade, consultou aqueles em cuja sabedoria e discernimento tinha plena confiança. Os argumentos dos sacerdotes e das autoridades convenceram-no, afinal, de que Estêvão havia sido um blasfemo, que o Cristo sobre o qual o discípulo martirizado pregara tinha sido um impostor” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 112, 113).
Por que é sábio dar atenção à sua consciência? Sem a direção do Espírito Santo, a consciência seria um guia seguro?
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