Atos 13:38 e 39 apresenta a questão da incapacidade da lei para justificar, um importante conceito doutrinário. Apesar do caráter irrevogável de seus mandamentos morais, a lei é incapaz de justificar porque não pode produzir obediência perfeita naqueles que a observam (At 15:10; Rm 8:3).
Todavia, mesmo que ela pudesse produzir em nós obediência perfeita, essa obediência não poderia expiar pecados passados (Rm 3:19; Gl 3:10, 11). Por isso, justificação não pode ser obtida por merecimento, nem mesmo parcialmente. Podemos recebê-la somente pela fé no sacrifício expiatório de Jesus (Rm 3:28; Gl 2:16), um presente que não merecemos. Por mais essencial que seja a obediência para a vida cristã, não podemos obter a salvação por meio dela.
3. Leia Atos 13:42-49. Como a sinagoga recebeu a mensagem de Paulo? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Muitos aceitaram os ensinos de Paulo, mas os judeus o perseguiram.
B. ( ) O povo quis apedrejá-lo.
Apesar da maneira dura em que Paulo concluiu sua mensagem, a reação da maioria na sinagoga foi altamente favorável. Porém, no sábado seguinte, as coisas mudaram drasticamente. Muito provavelmente “os judeus” que estavam rejeitando a mensagem do evangelho fossem os líderes da sinagoga, os representantes do judaísmo oficial. Lucas atribuiu ao ciúme a atitude impiedosa daqueles homens para com Paulo.
No mundo antigo, diversos aspectos do judaísmo, como o monoteísmo, o estilo de vida e até mesmo o sábado atraíam fortemente os não judeus, e muitos deles se uniam à fé judaica como prosélitos. A circuncisão, no entanto, era um obstáculo sério, pois era considerada por gregos e romanos como uma prática bárbara e repulsiva. Consequentemente, muitos gentios frequentavam as sinagogas com o intuito de adorar a Deus, mas não chegavam ao ponto de se converter formalmente ao judaísmo.
Tais pessoas eram conhecidas como “tementes a Deus”. Provavelmente eles, bem como os prosélitos da sinagoga de Antioquia (At 13:16, 43), ajudaram a espalhar a notícia sobre a mensagem de Paulo entre as pessoas em geral, vindo estas em grande número. A possibilidade de experimentar a salvação sem antes ter que se unir ao judaísmo era, sem dúvida, particularmente atrativa para muitos. Isso pode explicar o ciúme dos líderes judeus.
Ao rejeitarem o evangelho, eles não estavam apenas se excluindo da salvação, mas também liberando Paulo e Barnabé para que voltassem sua atenção aos gentios, que se alegraram e louvaram a Deus porque Ele os incluíra na salvação.
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